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3 Semanas com a tia Alice - Capítulo 22 - Que tal sermos pais?

Preocupada com os resultados que um possível exame podia dar, Caroline mantinha-se indecisa, toda a hora que encontrava uma certa coragem logo a perdia. Talvez tudo não fosse um simples gesto de "não digas nada agora sem uma certeza de um bem maior".

Respirava fundo naquele momento para entrar dentro do quarto de hotel onde o marido não havia saído o dia inteiro até onde sabia, claro. Mesmo na frente da tela do computador, Damon não havia pestanejado à presença da esposa que silenciosa senta na barra da cama. Os nervos dela apenas saltavam de cima para baixo, até que ele finalmente parou ao sentir que alguém o observava, virou para ela com a sua cara de sempre.

- O que se passa mulher? - perguntou pousando ambas as mãos em cima dos joelhos.

Caroline engoliu em seco a pergunta de Damon que logo pensou em mudar os seus pensamentos na busca de um assunto mais ou menos convincente. Claro que nunca seria uma boa ideia expor a sua duvida ali sem um tema para se situar e esperto como o moreno era, não ia demorar até fazer uns certos calculos e descobrir.

- Vais falar ou irei ter que adivinhar?

- É coisa do meu trabalho.. - começou ela coçando a coxa direita em modo involuntário, aquilo já era um tique seu. - Uma colega minha encontrou-se comigo à pouco e olha estava a contar umas coisas... - ele balançava a cabeça escutando ela enquanto debruçava os braços pelas costas da cadeira. - Ela contou-me vê-la que está suspeitando de uma gravidez, mas não sabe se o marido aprova.

- E o que tu tens haver com isso?

A loira não esperava que o marido fizesse uma pergunta tão tensa e ao mesmo tempo grosseira, mas logo pensou em perseguir a sua linha do pensamento ou então os planos de contar indirectamente uma história que no fundo era apenas a sua iam por agua a baixo.

- Nada, ela é minha amiga e sabes bem que gosto de ajudar os outros! Mas que coisa, Dam! - bateu na barra da cama indignada.

Damon percebendo que estava começando a traçar um caminho errado ao voltar com o seu velho ego, tratou logo de mudar de postura, levantando da cadeira e ir de encontro à esposa.

- Desculpa meu amor, é que hoje definitivamente não é o meu dia! - tentou argumentar a seu favor, dificilmente ela desacordaria disso. - Comecei o dia da pior maneira possível e depois fiquei trancado aqui a resolver estes assuntos aborrecidos do escritório que aliás segunda e terça terei audiências em tribunal... oh vida!

Sempre que começava com os seus joguinhos Caroline quase caia na tentação maldita de sentir pena, o que na realidade era uma das suas qualidades de esposa mais que merecida, embora o homem em questão não fosse o melhor para corresponder ao seu tão grandioso amor. Haviam muitos homens por ai que certamente mereciam muito mais o seu amor ao invés do homem de quem esperava um filho? Seria isso mesmo?

- Está tudo bem, andas muito cansado... - amenizou os estragos das suas atitudes. - Mas já que toquei nesse assunto, como achas que seria com a gente? - formulada a pergunta olhou directo nos olhos dele.

- Como assim, amor?

- Dam, nós sermos pais... já pensaste melhor sobre isso? - ele começou a ficar pensativo por um breve momento, aquilo a deixou ainda mais nervosa. - No dia em que jantamos, foi algo até que falas-te e bom, é algo que claramente anseio tem muito tempo e não é melhor que quando desejado a dois.

- Claro, com toda a certeza... mas não te preocupes com isso temos algum tempo para planear tudo.
Até porque neste momento não temos nem as melhores condições para criar um filho... já viste bem este quarto?

Caroline deixou-se pela observação do pequeno espaço que ambos usufruíam no momento e mesmo que não que não procura-se dar razão ao marido, seria obrigada a fazê-lo desse modo, pois ali nunca seria o melhor lugar para criar um bebê que pormenor que fosse já era gerado dentro dela.

Em outros pensamentos, cogitar um aborto não era a sua melhor opção, até porque quando a lei do aborto havia saído para os estados mais benevolentes como uma nova prevenção ao auto crescimento dos abanados precoces, a loira não via isso como uma saída rápida, até porque na sua opinião matar por um capricho era um crime à ofensa natural da vida.

Os bebés eram o ser mais inocente na vida e morrer só porque alguém não os desejava era então a coisa mais macabra. Afinal existiam mais de um milhão de mães a tentar todos os dias gerar um novo ser e não conseguiam, porque uma mulher que estava a receber essa dávida tinha de a desperdiçar? Talvez a resposta fosse bem mais simples e o casamento por vezes tivesse dessas opções. Claro que tem muitos que até salva, mas aquele podiam até arruinar e será que não era hora para isso?

- Caroline? - Damon começou a balançar o ombro da esposa afim de a tirar dos seus devaneios. - Amor?

- Damon! - abriu e fechou várias vezes os olhos perante aquelas balançadas no seu corpo. - Desculpa estou um pouco cansada, vou tomar banho.

************************************************************************

Após algumas horas de casa vazia Esther até já sentia falta da confusão de escutar os meninos a correr pela casa ou a gritar porque começavam uma valente guerra por conta da tv. É certo que sempre que ambos iam em fim-de-semana com a mãe que a coisa era uma paz, mas seria essa mesma paz em casa da mãe?

Ela queria acreditar que sim, apesar claro de não confiar muito no dedo da morena que sempre havia sido uma mulher bastante dura e com os filhos nunca havia sido a mais dócil em disciplina-los, a menos claro que isso tivesse mudado. Garantidamente ela não estava lá para confirmar tais ideias.

Naquele exacto momento em que percorria a sala de baú da roupa suja para colocar na máquina da lavandaria, Jasper entrava em casa com um sorriso de orelha a orelha. A governanta que nada deixava escapar, pousou o baú para satisfazer uma curiosidade. Talvez com outros patrões não pudesse ter tamanha intimidade, mas tendo em conta que já trabalhava para aquela família desde muito, o contacto era diferente.

- Que sorriso lindo vem a ser esse menino? - levou ambas as mãos às laterais de sua cintura vincada.
O loiro em nada era perito com disfarces, se tratando de enganar Esther era pior ainda porque ela era muito mais astuta que uma professora de uma classe rebelde. Conhecia-o bem demais para deixar uma detalhe despercebido.

- Nota-se assim tanto? - corou um pouco mais assim que formulou aquela questão rétorica. - Já sei que não vais me deixar em paz se não contar o que se passa e antes mesmo que comeces a fazer uns filmes românticos, aviso que ela está noiva. - disse ele logo para soltar a bomba de uma vez.

- Oh não me diga! Mas essa rapariga deve ser muito especial que já deu até para espevitar o brilho desse olhar que em tanto tempo andava escuro e sem vida.

Muitas vezes certas e determinadas atitudes na simples governanta da família fazia total diferença.

- Obrigada por me deixares ainda bem mais triste com esse comentário. - fez um ar de troça e logo Esther elevou a mão em brincadeira. - Nah... estou a brincar!

- O facto dessa linda moça estar noiva não muda nada... sabe que ao longo da vida muitos noivados terminam sem um mesmo ter sido assinalado. Casamentos não duram a vida toda também, e já viu o seu? - Jasper fez logo uma cara de caso recordando uns tempos antes de ser infeliz. - Se realmente acha que aquilo que sente por ela é verdadeiro, então não vejo porque não tentar. - ele balançou a cabeça em concordância. - Não deixe que ela vá embora sem você ou menos tentar dizer que sente.

- Falar é tão simples e bonito dona Esther que nunca vi um namorado teu! - desconversou o loiro tirando um pouco o foco de si.

- Que coisa feia tirar a tampa da fervura.. - gargalhou ao usar a sua velha expressão em esquivo.
- É mais simples falar da vida do patrão aqui, não é? - Jasper começou a caminhar na direcção da senhora que já fugia com o baú para dentro da lavandaria. - Da vida da governanta nunca sei nada, mas olha que um dia destes estava a passar na rua e ouvi o senhora Zé das couves a comentar que um certo senhor andava de olho gordo em ti.

- Que disparate! - defendeu-se de imediato nunca imaginando que aquele argumento era falso. - Apenas gosto de usar a mercearia do lado porque os legumes são mais frescos, agora nunca vi lá nenhum comerciante com esse tipo de observações.

Era difícil não rir naquela casa quando o humor se resumia a rir sem parar porque a vida por vezes também não era só ela má. Mesmo com os seus dissabores trazia um boa onda de disposição.

(...)

Já no cair da noite e resumido ao café e uns biscoitos deixados pela gentil Esther, que havia deixado antes de se recolher. O Whitlock estava pensativo sobre Alice e no quanto desejava estar com ela naquele exacto momento. Hoje sabia que essa vontade era mais que sortuda, pois ela vivia tão mais perto dele que nunca antes havia imaginado. Talvez até fosse o destino a pregar a sua peça dupla.

No entanto, havia uma grande contradição, ela estava noiva e com certeza amava muito o seu companheiro, o que em poucas e duras palavras diminuía a sua chance de ser correspondido com sucesso.

- Nunca tenho sorte! - comentou em um sussurro pegando o seu aparelho telefónico do bolso e começar a digitar nele uma mensagem para uma velha e boa conselheira.


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