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3 Semanas com a tia Alice - Capítulo 18 - De irmão para irmã

Terminado o jantar Maria levantou a mesa e Roxanne, sua mãe acompanhou cheia de ideias para tentar ter uma conversa com a filha. Os pequenos Tobby e Nina estava radiantes com a visita rara da avó e como tal não fizeram grande caso quando esta simplesmente os deixou sozinhos entregues aos brinquedos electrónicos.

No entanto a morena ao perceber que iria ter companhia até na hora de colocar a loiça na máquina, bufou frustrada e então ao afastar uma mexa negra com a mão limpa, olhou a mulher com a cara de poucos amigos e com estilo de quem vai ser directa para não repetir.

- Já sei que a minha presença em nada te alegra, mas fica desde já a saber que sou tua mãe e como não procuras por mim, eu tenho de procurar por ti. - abordou o assunto já esperado para Maria.

- Engraçado, falas como se sentisses tantas saudades de mim... - afirmou rude. - Diz logo o que vieste fazer aqui ou vou ser mais directa possível.

- Olha para ti Maria! - Roxanne elevou a mão exibindo todos os seus anéis brilhantes, claro que nem todos tinham pedras preciosas, mas isso não queria dizer que ela não tinha bom gosto. - Não aprovei a tua atitude com o teu ex-marido, mas isso não quer dizer que eu não goste de ti minha querida.. - começou a tear uma linha de um pequeno discurso para mudar a visão da filha. - É claro que como tua mãe posso não ter agido da melhor forma...

- E não vai ser agora que isso vai mudar, por isso agradeço a visita, mas não tem mais nada aqui para você, por isso agradeço que vá embora... - desencostou do balcão apontando o dedo indicador no sentido da porta. - Caso não tenha percebido está tarde e preciso deitar os meus filhos que por acaso são os seus netos. E caso se importe minimanete com eles vá embora.

A mulher nada mais argumentou para mudar a opinião cerrada da filha, de facto ela já temia não ter uma tão boa recepção, mesmo havia tentando e não iria mais inoportuna quem não a queria por perto.

Passou pela sala e deixou um beijo na testa de cada um dos netos e quase que se obrigou a não deixar compaixão de saudade sair por seus olhos e sem olhar para trás saiu batendo a porta. Tobby não havia gostado do modo com a avó havia saído, no qual foi o primeiro a protestar sua indignação cruzando os braços sob o peito penetrando o seu olhar na mãe que entrava na sala passando as mãos nas calças.

- O que foi? - perguntou Maria olhando o filho de pé com uma cara cerrada.

Nina não havia sequer aberto a boca e continuava focada no seu brinquedo da Violetta, enquanto o irmão continuava à espera de uma explicação.

- Tobby e Nina vão para a cama, já é tarde. - ordenou esta ignorando a postura do miúdo. -  Amanhã conversamos melhor. - e deu umas palmadas no ombro da menina para largar o brinquedo e os encaminhou para as escadas.

Mesmo não tendo recebido a resposta que queria, o menino foi na frente para o quarto sem dar um único "boa noite" o que na verdade era visto como um gesto de má educação que Maria não tolerava, contudo, a sua própria mãe havia sido a culpada e agora não tinha nem hora nem ideia de ter uma conversa. Resolvido estaria o problema logo pela manhã.

Ignorando um pouco os factos da hora, a morena acabou ajudando a filha a vestir o seu pijama da Violetta e assim que terminou de arrumar as mangas pomposos a deitou nos lençóis macios e frescos. Deu um beijo de boa noite na menina e desligou a luz saindo de mansinho. Ao passar pelo quarto do filho, Tobby já havia se trocado e deitado na cama. Maria suspirou de forma pesada, e seguiu para o seu escritório já que ainda teria algumas horas para resolver alguns assuntos pendentes.

Claro está que os seus fim-de-semanas com os filhos não eram para dedicar ao trabalho, mas sempre que tinha uma pausa gostava de ficar por cima de todos os acontecimentos da empresa. Não gostava de deixar tudo no completo e incorporado Rafael que por via das dúvidas andava numa maré de sorte, no entanto essa mesma maré podia virar para uma de azar. Então como os cuidados eram poucos nunca havia nada melhor do que prevenir a remediar.

************************************************************************

Edward estava a sair do seu escritório com mais umas papelada para Rafael dar uma olhada e quando deu pela hora viu que já estava tarde para continuar ali na empresa e que muito embora as funcionárias já haviam saído.

- Minha nossa, acreditas que só agora dei conta de que já é noite lá fora. - Rafael comentou fazendo o amigo rir enquanto observavam juntos a janela vidraçada da sala de entrada.

- Trabalhas demais, e depois o salário é sempre o mesmo. - gracejou.

- Olha quem fala e se não é mesmo o meu carrissímo colega Edward Masen! - e deu uma palmada no ombro dele. - Vem vamos embora que a Alice já está a minha espera e andamos cá numa maré que eu diria que se for remar para dentro ainda acabo indo para o precipício.

- Até parece, Rafael! - balançou os cabelos o loiro caminhando para a porta abrindo desse modo.
Desceram o elevador em seguida, chegando no estacionamento ambos foram para cada lado já que haviam arrumado os carros em cada extremidade. Rafael ia em seu passo calmo até ao carro quando escutou o seu aparelho tocar, obviamente começou aos apalpões no próprio casaco e no intuito de encontra-lo, lá o achou e atendeu no quase ultimo toque.

- Alô?

Ouvia-se um ruído de fundo, mais parecia de uma coluna de alta música ao qual fazia uma grande intreferencia ao tentar escutar alguma palavra do que a pessoa dizia.

- Rafa! - gritou um pouco mais alto a pessoa do outro lado da linha para que desse modo a sua voz fosse mais audível. - Inacreditável que não reconheces mais a voz de tua querida irmã. - argumentou.
- Ashley! - reconheceu instantes depois por conta dos gritos estéricos da irmã mais nova.

Ashley era a mais nova da família de três irmãos, sendo que Rafael Holdford era o mais velho e com isso o mais responsável por controlar as finanças da família após a morte do seu pai naquele terrível acidente da queda das torres gemias em 2001.

Mesmo assim desde que se tornara o homem da família, nunca havia faltado com o seu grande empenho em cuidar das duas irmãs, sendo que Ash como sempre gostava de ser tratada havia deixado muito a desejar, começando a entrar em circunstâncias pouco amigáveis. Inicialmente foi um tanto complicado para a senhora Holdford ter de reconhecer que a melhor solução para a sua filha mais nova, era interna-la numa clínica de reabilitação.

Como tal, Rafael apenas o fez a pensar no bem estar da garota e graças a isso, Ashley era uma grande imagem para a moda internacional. Já no caso da Margaux, sua outra irmã havia trepado um caminho bem mais simples para alcançar o sucesso da sua grandiosa revista Vogue.

- O que é feito de ti que nunca telefonas? - perguntou esta ao afastar de uma zona de alta música e sentar num dos degraus da escada que dava acesso livre a rua.

- Ando cheio de trabalho e mal tenho tempo para mim, desculpa maninha! - respondeu ele ao acentar a mala no banco traseiro enquanto abria o carro.

- Essa parece a desculpa da nossa querida irmã Margaux! - rolou os olhos Rafael não gostando quando Ashley entrava em comparações, sabendo bem que todos em seu mundo tinham sua complicada vida. - Ela é que nunca atende as minhas ligações e quando isso acontece, o que é raro... sempre encontra um argumento convincente para terminar uma conversa.

Rafael deixou a irmã ali a falar enquanto pousava o aparelho em cima do carro para que desse modo pudesse tirar o seu casaco. Ao se sentir meramente confortável voltou a pegar no telemóvel.

- Não achas?

O rapaz começou a pensar e consigo mesmo chegou à conclusão mais obvia de que não havia sequer escutado a simples pergunta dela, e como não ia querer fazer a parte de chato ao pedir generosamente para repetir, preferiu responder desse modo um simples "sim claro, tens toda a razão".

Contudo essa não era a resposta que Ashley esperava ouvir do irmão, enquanto apenas mais um contrariedade. Por vezes eles eram um tanto tão diferentes, mas tão iguais que a divergência de opiniões começava a lutar.

- Olha maninha eu preciso mesmo de desligar, o mano aqui está cansado e tenho a Alice a espera. Podemos falar amanhã? - entrou desse modo no lugar do condutor dando à ignição.

- Só se prometeres que pagas o meu almoço. - brincou ela.

- Fazemos assim, eu vou buscar-te onde estiveres e vamos almoçar para que assim possas explicar o que se anda a passar nessa tua cabeça.

Convencida com as palavras acabou aceitando para grande alivio do próprio Rafael que podia finalmente desligar a ligação e suspirar aliviado. Claro está que ele adorava a irmã e como tal não era desumano ao querer o mal dela, mas em outras horas bem que entendia os gestos de Margaux ao dar espaço e tempo para as loucuras apressadas da caçula.


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