Era sábado dia de folga para muita boa gente, o que não era o caso de Damon que cedo havia levantado para teclar em seu portável em cima da secretária improvisada de hotel. Quando a esposa acordou, este nem deu conta, embora o mau estar da loira se mantivesse desde o dia anterior. Como tal, Caroline havia mantido tudo no segredo e o próprio marido não suspeitava de nada, ou pelo menos assim o dava a entender.
Ao regressar ao quarto após escolher uma roupa mais confortável para sair e tomar o seu café habitual, Caroline aproximou de Damon que mantinha seu olhar penetrado naquela página word onde escrevia um relatório minucioso. A verdade é que até ela temia interromper qualquer linha de raciocínio, mas sua respiração lenta e descompassada acabou obrigando a ele a parar e voltar toda a sua atenção a ela.
- Bom dia meu amor nem percebi que já estavas de pé. Espero não ter-te acordado. - levantou ele dando um beijo dissimulado no cantinho da boca dela e sorrir sacana.
- Não de forma alguma, acordei agora porque senti uma grande fome. - respondeu ela deslizando a mão pela cintura.
- Fazemos assim, eu desço contigo para tomar um café e depois volto porque este relatório para terminar. - ela deu de ombros aceitando de qualquer forma a oferta do marido.
Ambos saíram do quarto de mão dada o que a dado tempo nem era especulável. Após descerem o elevador que pela sua hora nem ia muito cheio, trilharam até ao bar d'hotel e sentaram naqueles bancos de puff no cantinho.
Uma simpática mulher aproximou do casal de bloquinho na mão, a sua postura era toda ela erecta e quase que podia ser comida com os olhos de Damon que a despia com os olhos sem tirar nem por. Sorte mesmo era Caroline estar cega pela versão do marido perfeito e não dar conta desses pormenores.
Depois de servidos, a conversa fluiu e mesmo em uma troca de palavras havia a estimulada troca de carinhos inexistentes em outras alturas. No entanto, Damon estava mesmo disposto forçar a sua ideia de fidelidade.
- Tens estado tão carinho comigo que sinto que a dada altura esteja a sonhar. - comentou ela ao levar a xícara ao pires novamente após um pequeno gole do seu café curto.
- Ora essa desde que sonhes para sempre não vejo mal algum. - riu ele ao fazer aquela observação pouco ousada.
Como o clima entre o casal parecia estar um pouco aquecido, a loira especulou mentalmente a hipótese de dar uma ideia de que podia estar eventualmente grávida. Só que no exacto momento em que preparava para divulgar tal duvida, a empregada que tão certinha servia às mesas esbarrou a bandeja nele e claro, o estrago foi imenso.
- Olhe só para isto! - levantou-se Damon pouco satisfeito pelo desastre cometido pela moça.
- Dam não tem mal! - Caroline tentou passar o pano no pólo dele afim de diminuir a mancha.
- Peço imensa desculpa, senhor! Não foi nada intencional. - a jovem parecia mesmo arrependida com incidente e bom Damon já estava a deixa-la bem desconfortável. - Deixe que eu posso limpar isso e ainda me ofereço para pagar sua despesa. - afirmou ainda assim, no entanto nada disso mudou as ideias do próprio moreno.
Nessa feita apenas levantou saindo sem ditar mais uma única palavra, Caroline que assistia a tudo sem mesmo saber o que dizer correu atrás do marido em jeito de alcança-lo, mas uma certa tontura a fez parar e se segurar. Claro que Damon não havia reparado, quanto mais já subia pelo elevador bem zangado.
Insatisfeita por não ter pão em casa, Alice preparou-se rapidamente para descer até à padaria que ficava a uns poucos metros de onde residia. Claramente que ao sair da sua porta pensou se devia ou não usar o elevador, se bem que era sábado e um ótimo dia para se exercitar, e a melhor forma para isso era usar as escadas. Contudo, pensando bem melhor acabou mesmo por usar o elevador, como se o destino assim a chama-se para lá.
Na mesma circunstância, Jasper havia tomado a mesma decisão em ir à rua mesmo que a sua vontade de olhar para as pessoas não fosse tão leviana, pois toda a gente que o bem conhecia ia começar a perguntar pela irmã. Quando muito a resposta que ele tinha para dar a quem lhe desse o atrevimento de perguntar, era que "Minha irmã saiu de casa, e por favor não me fale sobre ela". Respirou fundo o indicador de subida acendeu a luzinha azul e não tardou a porta da cabine abrir, ele pode até aliviar.
Uma vez dentro encostou-se na parte lateral, onde existia um imenso vidro espelhado que muitas das vezes os filhos usavam para se admirar. No entanto, o elevador para justo num andar inferior ao dele e os únicos pensamentos que lhe passam é que "lá vem as perguntas" e não é que a aquela atitude logo desvanece quando vê Alice na sua frente com um sorriso encantador?
Esta quando ver quem estava dentro fica surpresa ao qual entra com um sorriso convincente de "Jasper és tu".
- Bom dia, Alice! - saudou ele bem animado por sinal.
- Bom dia, Jasper! Por aqui? - perguntou no intuito de saber se a conclusão a que o seu cérebro chegava era ou não a correcta.
- É verdade, e o que fazes no meu prédio?
Alice não conseguiu não corar com aquela pergunta, quando muito queria responder "eu vivo aqui, essa é a minha pergunta". Mas ao invés disso respondeu de outro modo.
- Vivo aqui com o meu noivo!
Jasper sentiu logo uma espécie de murro na barriga com aquela resposta. Era tão óbvio que ela tinha mesmo de viver ali, o estranho mesmo era nunca se terem cruzado outras vezes. Talvez fosse tão simples como deduzir que andavam desencontrados em seus horários.
- Engraçado, somos vizinhos e nunca nos cruzamos antes! - comentou ele ao sentir o elevador dar sinais de que ia parar.
- De facto, mas à uma primeira vez para tudo, não é?
O loiro simplesmente balançou a cabeça em concordância saindo na companhia dela para o exterior.
Se antes ele tinha ideia de que era uma boa ir dar um passeio, agora achava melhor acompanhar a sua amiga até onde ela fosse parecer invasivo demais. Na verdade Jasper precisava de conversar com alguém, e Alice parecia a pessoa certa para ouvi-lo.
- Também vais comprar pão? - perguntou ela ao parar uns 2 metros mais à frente. O loiro começou a coçar a nuca sem jeito de dizer "eu adoraria acompanhar-te apenas".
- Não, por acaso ia apenas dar um passeio, está um lindo dia. - afirma olhando para o céu azul turquesa.
- Está sim, e vou aproveitar para não demorar, pois quero ver se ainda levo a minha sozinha no parque infantil.
Os pensamentos do homem voar ao imaginar o quanto a morena era carinhosa com a própria sobrinha, muitas vezes dava por si a imaginar um impossível episódio de uma família feliz e realizada. Ok, na verdade esse episódio continha apenas Alice, ele e os filhos. Era algum crime imaginar-se sendo feliz com alguém? Talvez até fosse quando muito esse alguém era comprometido, como era o exacto caso dela.
Uns escassos metros depois Alice pedia o pão ao Emmett que era o empregado da loja e também o conhecido padeiro. E de sacola do pão na mão Alice voltou a olhar o amigo.
- Está mesmo tudo bem? - a expressão dele parecia bem mudada desde a inicial de um sorriso.
- Só apenas uns assuntos complicados de família. - deixou as palavras saírem sem grande importância.
- Alguma coisa que possa ajudar? - a morena demonstrava preocupação.
- Não, mas em outra hora podemos falar não quero que atrases o pequeno almoço de alguém.
E com aquelas palavras Alice deixou cair o seu olhar sobre a sacola do pão quente e deduziu que Candice já devia andar de pé procurando pelos armários algo para comer.
- Fazemos assim, daqui a pouco irei sair com a Candice e tu talvez poderias vir connosco, que dizes? - Jasper não pode deixar de sobrepor um sorriso ao convite generoso.
- Aceito!
Satisfeita acenou a ele afastando-se até ao prédio novamente, no seu passo apressado usou logo as escadas e quando chegou dentro do apartamento já Candice havia encontrado uns biscoitos para comer.
- Trouxe pão fresco minha ratinha gulosa. - aproximou da menina deixando o pão na banca e desalinhar os cabelos desta.
- Hum, vou querer com muita manteiga. - riu-se mostrando um bigode do chocolate da tigela semi-aberta. - Ou então pode ser com muita nutella, desta. - e apontou o dedo para a tigela.
- Está bem!
Divertidas prepararam o pequeno almoço e desfrutaram dele ao máximo, já que Rafael ainda dormia em sua cama todo cansado. Afinal mesmo que não quisesse, Alice havia dado conta do horário tardio de sua chegada. E a falta de dialogo entre ambos estava a começar a desatabilizar a relação. Um dia de noivos apaixonados iria passar a ser dois meros conhecidos a partilhar apartamento na zona mais movimentada da cidade.
Ao regressar ao quarto após escolher uma roupa mais confortável para sair e tomar o seu café habitual, Caroline aproximou de Damon que mantinha seu olhar penetrado naquela página word onde escrevia um relatório minucioso. A verdade é que até ela temia interromper qualquer linha de raciocínio, mas sua respiração lenta e descompassada acabou obrigando a ele a parar e voltar toda a sua atenção a ela.
- Bom dia meu amor nem percebi que já estavas de pé. Espero não ter-te acordado. - levantou ele dando um beijo dissimulado no cantinho da boca dela e sorrir sacana.
- Não de forma alguma, acordei agora porque senti uma grande fome. - respondeu ela deslizando a mão pela cintura.
- Fazemos assim, eu desço contigo para tomar um café e depois volto porque este relatório para terminar. - ela deu de ombros aceitando de qualquer forma a oferta do marido.
Ambos saíram do quarto de mão dada o que a dado tempo nem era especulável. Após descerem o elevador que pela sua hora nem ia muito cheio, trilharam até ao bar d'hotel e sentaram naqueles bancos de puff no cantinho.
Uma simpática mulher aproximou do casal de bloquinho na mão, a sua postura era toda ela erecta e quase que podia ser comida com os olhos de Damon que a despia com os olhos sem tirar nem por. Sorte mesmo era Caroline estar cega pela versão do marido perfeito e não dar conta desses pormenores.
Depois de servidos, a conversa fluiu e mesmo em uma troca de palavras havia a estimulada troca de carinhos inexistentes em outras alturas. No entanto, Damon estava mesmo disposto forçar a sua ideia de fidelidade.
- Tens estado tão carinho comigo que sinto que a dada altura esteja a sonhar. - comentou ela ao levar a xícara ao pires novamente após um pequeno gole do seu café curto.
- Ora essa desde que sonhes para sempre não vejo mal algum. - riu ele ao fazer aquela observação pouco ousada.
Como o clima entre o casal parecia estar um pouco aquecido, a loira especulou mentalmente a hipótese de dar uma ideia de que podia estar eventualmente grávida. Só que no exacto momento em que preparava para divulgar tal duvida, a empregada que tão certinha servia às mesas esbarrou a bandeja nele e claro, o estrago foi imenso.
- Olhe só para isto! - levantou-se Damon pouco satisfeito pelo desastre cometido pela moça.
- Dam não tem mal! - Caroline tentou passar o pano no pólo dele afim de diminuir a mancha.
- Peço imensa desculpa, senhor! Não foi nada intencional. - a jovem parecia mesmo arrependida com incidente e bom Damon já estava a deixa-la bem desconfortável. - Deixe que eu posso limpar isso e ainda me ofereço para pagar sua despesa. - afirmou ainda assim, no entanto nada disso mudou as ideias do próprio moreno.
Nessa feita apenas levantou saindo sem ditar mais uma única palavra, Caroline que assistia a tudo sem mesmo saber o que dizer correu atrás do marido em jeito de alcança-lo, mas uma certa tontura a fez parar e se segurar. Claro que Damon não havia reparado, quanto mais já subia pelo elevador bem zangado.
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Insatisfeita por não ter pão em casa, Alice preparou-se rapidamente para descer até à padaria que ficava a uns poucos metros de onde residia. Claramente que ao sair da sua porta pensou se devia ou não usar o elevador, se bem que era sábado e um ótimo dia para se exercitar, e a melhor forma para isso era usar as escadas. Contudo, pensando bem melhor acabou mesmo por usar o elevador, como se o destino assim a chama-se para lá.
Na mesma circunstância, Jasper havia tomado a mesma decisão em ir à rua mesmo que a sua vontade de olhar para as pessoas não fosse tão leviana, pois toda a gente que o bem conhecia ia começar a perguntar pela irmã. Quando muito a resposta que ele tinha para dar a quem lhe desse o atrevimento de perguntar, era que "Minha irmã saiu de casa, e por favor não me fale sobre ela". Respirou fundo o indicador de subida acendeu a luzinha azul e não tardou a porta da cabine abrir, ele pode até aliviar.
Uma vez dentro encostou-se na parte lateral, onde existia um imenso vidro espelhado que muitas das vezes os filhos usavam para se admirar. No entanto, o elevador para justo num andar inferior ao dele e os únicos pensamentos que lhe passam é que "lá vem as perguntas" e não é que a aquela atitude logo desvanece quando vê Alice na sua frente com um sorriso encantador?
Esta quando ver quem estava dentro fica surpresa ao qual entra com um sorriso convincente de "Jasper és tu".
- Bom dia, Alice! - saudou ele bem animado por sinal.
- Bom dia, Jasper! Por aqui? - perguntou no intuito de saber se a conclusão a que o seu cérebro chegava era ou não a correcta.
- É verdade, e o que fazes no meu prédio?
Alice não conseguiu não corar com aquela pergunta, quando muito queria responder "eu vivo aqui, essa é a minha pergunta". Mas ao invés disso respondeu de outro modo.
- Vivo aqui com o meu noivo!
Jasper sentiu logo uma espécie de murro na barriga com aquela resposta. Era tão óbvio que ela tinha mesmo de viver ali, o estranho mesmo era nunca se terem cruzado outras vezes. Talvez fosse tão simples como deduzir que andavam desencontrados em seus horários.
- Engraçado, somos vizinhos e nunca nos cruzamos antes! - comentou ele ao sentir o elevador dar sinais de que ia parar.
- De facto, mas à uma primeira vez para tudo, não é?
O loiro simplesmente balançou a cabeça em concordância saindo na companhia dela para o exterior.
Se antes ele tinha ideia de que era uma boa ir dar um passeio, agora achava melhor acompanhar a sua amiga até onde ela fosse parecer invasivo demais. Na verdade Jasper precisava de conversar com alguém, e Alice parecia a pessoa certa para ouvi-lo.
- Também vais comprar pão? - perguntou ela ao parar uns 2 metros mais à frente. O loiro começou a coçar a nuca sem jeito de dizer "eu adoraria acompanhar-te apenas".
- Não, por acaso ia apenas dar um passeio, está um lindo dia. - afirma olhando para o céu azul turquesa.
- Está sim, e vou aproveitar para não demorar, pois quero ver se ainda levo a minha sozinha no parque infantil.
Os pensamentos do homem voar ao imaginar o quanto a morena era carinhosa com a própria sobrinha, muitas vezes dava por si a imaginar um impossível episódio de uma família feliz e realizada. Ok, na verdade esse episódio continha apenas Alice, ele e os filhos. Era algum crime imaginar-se sendo feliz com alguém? Talvez até fosse quando muito esse alguém era comprometido, como era o exacto caso dela.
Uns escassos metros depois Alice pedia o pão ao Emmett que era o empregado da loja e também o conhecido padeiro. E de sacola do pão na mão Alice voltou a olhar o amigo.
- Está mesmo tudo bem? - a expressão dele parecia bem mudada desde a inicial de um sorriso.
- Só apenas uns assuntos complicados de família. - deixou as palavras saírem sem grande importância.
- Alguma coisa que possa ajudar? - a morena demonstrava preocupação.
- Não, mas em outra hora podemos falar não quero que atrases o pequeno almoço de alguém.
E com aquelas palavras Alice deixou cair o seu olhar sobre a sacola do pão quente e deduziu que Candice já devia andar de pé procurando pelos armários algo para comer.
- Fazemos assim, daqui a pouco irei sair com a Candice e tu talvez poderias vir connosco, que dizes? - Jasper não pode deixar de sobrepor um sorriso ao convite generoso.
- Aceito!
Satisfeita acenou a ele afastando-se até ao prédio novamente, no seu passo apressado usou logo as escadas e quando chegou dentro do apartamento já Candice havia encontrado uns biscoitos para comer.
- Trouxe pão fresco minha ratinha gulosa. - aproximou da menina deixando o pão na banca e desalinhar os cabelos desta.
- Hum, vou querer com muita manteiga. - riu-se mostrando um bigode do chocolate da tigela semi-aberta. - Ou então pode ser com muita nutella, desta. - e apontou o dedo para a tigela.
- Está bem!
Divertidas prepararam o pequeno almoço e desfrutaram dele ao máximo, já que Rafael ainda dormia em sua cama todo cansado. Afinal mesmo que não quisesse, Alice havia dado conta do horário tardio de sua chegada. E a falta de dialogo entre ambos estava a começar a desatabilizar a relação. Um dia de noivos apaixonados iria passar a ser dois meros conhecidos a partilhar apartamento na zona mais movimentada da cidade.
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