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Dust in the Wind - Capítulo 38 - Curada

Desde aquela discussão acesa com Stefan, que Elena estava estranha, talvez magoada pelas coisas que de algum modo não queria escutar. Embora esta fosse a única culpada pelo o que havia simplesmente acontecido e a conta disso ter escutado as coisas mais rudes que escutou do rapaz.

Inicialmente achava que tudo podia ter um final feliz, se por algum acaso ela se fosse encontrar com ele e fazer as ditas pazes, o que decerto modo seria uma bela ideia, tendo em conta as dificuldades que ambos estavam a passar na relação.

Pensando dessa forma a morena abriu as portas do closet, procurando furasteira a roupa que melhor a favorecia para sair. Lembrando sempre que parte da roupa que amava não servia mais, devido ao facto de ter engordado com a gravidez. "Mas que coisa, nada vai-me servir! Estou parecendo uma hipopótamo" comentou ela sob pensamento ao ver seu corpo pela parte lateral do espelho do quarto, que de certo era grande e não escondia as gordurinhas novas.

Roupas eram lançadas ao acaso para o ar e sortudo era aquele que não estava no quarto para ser atingido por elas. Contudo, Jenna estava a fazer a ronda da recolha de roupa suja para colocar a lavar, quando por ventura aproximou do quarto da morena sendo atingida por uma lingerie.

- Bom, quando era mais nova fui atingida com balões de agua, mas nunca por uma lingerie. - a jovem ao escutar o comentário da tia se virou para ela e não conteve a frustração.

- Nada me serve tia! - chateada deixou-se sentar no degrau do roupeiro e fazer cara feia, como aquela que as crianças faziam sempre que alguma coisa não era do seu agrado.

Jenna não era mulher de ficar indiferente, então largando o cesto de lado, entrou no quarto ao qual pousou a lingerie, que a garota havia lançado mais cedo por acaso e cima da cama.

Ao aproximar dela procurou um pequeno buraco no meio do imenso caus e olhou nos olhos chocolate de Elena.

- Querida, foste mãe á pouco tempo, é normal agora o teu corpo ainda não ter readaptado as formas iniciais. - explicou ela tranquilamente. - Daqui a algum tempo vais voltar a ser o que eras, ok?

- Quanto tempo? - perguntou ela meio desesperada. - Imagina que isso demora, ai o Stef vai procurar uma outra garota mais elegante que eu. - dramatizou ela fazendo uma cena dos diabos. - Se eu ficar assim a vida toda vai ser horrível! - a esteria tomava conta da sua sanidade mental.

- Não digas disparates, o Stefan adora-te! - balançou a cabeça a tia, enquanto a sobrinha levantava para criar mais confusão no quarto. - Ninguém troca alguém assim, Elena!

As vezes nem a própria Jenna tinha a certeza do que falava, mas era importante dizê-lo a quem já havia perdido toda a convicção do amor verdadeiro.

O tempo foi passando enquanto que com palpite aqui e palpite ali, ambas chegaram a conclusão da roupa certa. A verdade é que estavam bem distraídas e o pequeno Junior precisava da atenção da mãe, incluindo mamar, que era a coisa que a morena mais detestava, tendo em teoria a história dos peitos caídos.

Quando por fim aproximou do berço, o pequeno já erguia os braçinhos bem alto, onde as suas mãozinhas gordas mexiam tanto implorando o colo da mama. Elena sorria breve ao ver a tonalidade carregada daquele intenso azul oceano nos olhos do filho, que em tudo lembravam o Damon. Por vezes as viagens mentais dela eram imensas que pensava que o menino fosse só um meio de comunicar o além, muito embora tudo isso não passasse de uma alucinação de sua cabeça perdida de dúvidas e poucas certezas.

Bonnie que havia ficado combinada com a avó de visitar o bebe da amiga, já batia na porta do quarto, mostrando um presentinho bem grande quando a mesma se abriu.

- Oh, não era preciso incomodares-te! - comentou a morena ao pegar o filho no colo e sorrir para a amiga que adiantava com a senhora idosa no quarto, admirando tudo a volta.

- Que coisa mais linda! - elogiou a senhora dando um beijo no alto da cabeça do Júnior. - És lindo, sim meu amor.

Elena começou a mexer um pouco o menino no colo começando a olhar para ele e para as visitas e assim sucessivamente.

- Olha Júnior, é a Bonnie, melhor amiga da mama! - explicou ela ao passar a mão na cabecinha dele que tinha poucos cabelos soltos na frente dos olhos. - E esta senhora é a avó dela.

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Depois do pequeno-almoço, Niklaus aproveitou para passar me casa e trocar de roupa já que com aquela mudança de tempos, algumas regras haviam mudado. Por isso com a mesma roupa ele não podia continuar andar, certo?

Mas se ele tinha ido a casa, Caroline sozinha em seu quarto aproveitou para checar o tablet, tendo assim acesso a plataforma de seus e-mails, até porque havia algum tempo que não fazia.

Ao entrar na sua conta pessoal do Gmail e ver as mensagens que tinha por abrir, levou a mão a cabeça num "meu deus como andei ausente", mas só então deu conta de que não era culpa sua e que havia tido determinados contra-tempos.

Uma das mensagens era referente à sua consulta de oncologia. Embora sua doença tivesse regredido significativamente, era necessário continuar a rotina, não fosse o destino pregar uma nova partida.
Ao terminar de ler a mensagem deu conta de que a data marcada batia com o dia presidia, o que a fez levantar num pulo de gato, pois tinha mais que se apressar.

A correria começou desde logo pelo quarto, entre achar uma roupa confortável e sair a correr. Só que ao aproximar da garagem de sua casa, temeu continuar a trilhar, tendo um breve momento de imagens de flash em sua cabeça referentes ao dia que havia estranhamente sido alvo de um rapto.

Caroline temia que tal coisa pudesse repetir-se novamente, mas como não tinha certeza quanto a segurança, decidiu jogar pelo seguro que era nem mais, nem menos que ir na casa do namorado.
Quando chegou a porta, respirou fundo, não que se sentisse cansada, pois havia algum tempo que isso não acontecia, no entanto o seu coração batia frenético e pior se tornou a batida quando a porta por fim abriu.

- Caroline! - Niklaus estava surpreso com a visita inesperada da namorada na sua porta, mesmo assim não demorou para que entrasse.

- Desculpa eu ter vindo assim, mas eu preciso de ir no hospital, tenho uma nova consulta marcada para hoje. - avisou ela enquanto ambos iam até ao sofá sentando em seguida, ao qual a loira cruzou uma perna sobre a outra e pousou as mãos trémulas no cimo dos joelhos.

- Queres que vá contigo? - perguntou ele pegando agora a mão que ela havia pousado anteriormente no próprio joelho, Caroline sorriu ao escutar isso e logo deu um beijo no rosto do rapaz, o que queria dizer "sim, porque não?".

Momentos mais tarde, estavam ambos a entrar pela entrada da ala de consultas externas do hospital. A quantidade de pessoas que por ali se encontravam era imensa que até dava para calcular uma metade de alguém que já estivesse a passar por aquilo que ela havia passado. A verdade é que pensar nisso a deixava um tanto desconfortável, pois era uma sensação pelo qual não queria reviver por mais distante que fosse hoje.

Pessoas naquele curto espaço de tempo foram saindo e entrando. Entre muitas expressões que algumas faziam de alegria ou simplesmente de tristeza. Tudo isso eram apenas mais motivos para apertar o coração de uma pessoa saudável, ou que aparamentemente assim o achava.

- Caroline Forbes! - a loira levantou a cabeça quando simplesmente escutou seu nome e levantou num instante seguinte percebendo que só a si cabia a vez.

O namorado decidiu ficar na sala enquanto ela ia, pois achava que era um tipo de hora que só cabia a ser confidênciado médico/paciente. Pelo menos era algo que ele guardava na sua memória, em relação aos tempos que lembrava de ver sua mãe doente, e de como era doloroso não fazer nada, se bem que estar presente numa hora de consulta nada mudava mais do que já estava a ser feito.

Porém a medicina de hoje não era a mesma de à 5 ou 7 anos atrás, coisas haviam evoluído, pessoas havia sobrevivido, ou simplesmente morrido, como havia sido o caso de Esther Mikaelson. Tão nova havia morrido deixando um filho pequeno por criar.

Era uma dura realidade que jovem tentava ultrapassar todos os dias tendo os olhos postos na namorada, que sem duvida era uma lutadora.

Por outro lado se ele estava mergulhado no mar de recordações, a loira estava mergulhada nos nervos de ver o semblante da médica a sua frente mudar de expressão a cada 20 segundos, enquanto analisava os relatórios analisticos. Mas como os nervos não a mantinham quieta, por mais que tentasse, Caroline teve mesmo de falar.

- Alguma coisa mudou? - perguntou trémula temendo de facto uma resposta dura de aguentar.

- Há mudanças Caroline! - respondeu esta mexendo a caneta sob a secretária e olhar a jovem. - Os relatórios indicam que... - a boca da loira abriu e fechou, nenhum som era capaz de sair dela naquele momento tão complicado de aguentar. Os seus olhos oscilavam de cima a baixo e para os lados como se buscasse alguma coragem de algo.

Mas em um momento de busca do divino, a sua voz soltou os primeiros acordes de palavras.

- Diga doutora, estou preparada para tudo! - e logo engoliu em seco suas palavras repentinas e vulneráveis. - Piorei, não é?

A sua cabeça só pensava no pior, nunca em momento algum pensava que pudesse ter uma salvação.
- Não! - deixou escapar automaticamente.

- Como não? - a loira perguntou incrédula achando que a médica não podia estar a falar a sério, pois todas as suas expressões falavam o contrário. E uma coisa era certa, louca ela não estava porque sabia perfeitamente aquilo que via.

- Segundo uma leitura mais aprofundada do relatório, posso dizer que houve uma aumento da produção dos glóbulos vermelhos, à proporção dos brancos. - explicou a médica, muito por ai a conversa toda fosse estranha, pois esses conceitos todos eram tão vagos. - Isso quer dizer que o teu problema com Leucemia regrediu para Anemia, que segundo algumas novas introduções medicamentas resultou num ótimo nível de hemoglobina. - a médica sorriu. - Caroline estás ótima e fora de qualquer perigo.

Aquele medo todo logo saiu do rosto da garota como uma nuvem que era acabada de ser limpa pelo céu e o sol estrelado. As suas mãos oscilaram animadas por seus cabelos. Finalmente havia vencido a doença que nem em momento algum imaginava conseguir travar, mas a verdade é que isso se reflectia e não dava para ignorar.
Por pensar de um modo claro e sem algum tipo de duvidas, Caroline era sem duvida uma garota 100% normal e ninguém mais podia chama-la de doente.

- É a melhor noticia que já recebi! - confirmou a loira.

- Para isso que nós, estamos aqui! - a doutora também estava orgulhosa por ver que lutar e acreditar nunca são coisas que se devem desprezar. - Boa sorte a partir de agora.


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