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Dust in the Wind - Capítulo 40 - Destabilidades

A festa havia terminado e com isso o cansaço já se fazia sentir bem intenso. Contudo, aquela risada toda era consequência da exagerada bebida da troca de muitos e muitos brindes, que como tal não eram feitos com água, ou sequer sumo, porque desse modo não teriam sentido.

Abria-se a porta naquele exacto momento em que Caroline dava uma valente risada por conta de uma piada que o namorado havia proferido. Sorte mesmo é que a casa estava por conta deles e como Lise, não iria vê-los naquele estado deveras pouco sóbrio e altamente alegre.

- Amor cuidado ai com os pés! - falou Niklaus ao passar na frente da namorada que chegava cambaleante. - Olha, olha! - alertou ele, e a loira se segurou no braço dele, olhando bem séria, onde a aproximação de ambos os rostos fazia a união dos lábios num único e singelo beijo.

Aquele era o momento mais perfeito da noite, ambos iam dormir juntos e uma vez mais seria uma noite tranquila e o inicio de uma nova fase na vida de ambos.

Quando chegaram no andar superior, e assim nesse passo e contra-passo até ao quarto, Niklaus pegou Caroline no colo num gesto autentico de ritual de núpcias, o que não era o caso, pois ambos nem haviam casado, se bem que eram um tanto jovens para o fazer, ou sequer pensar nesse passo tão importante na vida de alguém.

No dia seguinte as primeiras dores de cabeça se fizeram sentir, era hora de levantar e acordar, pois o despertador em forma de sapatilha All Star, indicava para lá do meio dia.

Caroline foi sem duvida a primeira acordar e com isso levar sua mão a cabeça enquanto semicerrava os olhos, face ao que a dor provocava em si. Mesmo com dificuldades em recompor-se da ressaca, ela fez um esforço para levantar da cama e com isso ir no banheiro procurar nas gavetas os comprimidos para curar a maldita ressaca.

Uma vez feita essa acção, a loira já se preparava para voltar ao quarto e voltar a retornar aquele sono, porém a campainha fez-se ouvir antes mesmo dela ter o privilégio de entrar na cama quente e convidativa.

Mesmo em roube e no topo da escada começou a resmungar sob pensamento "mas quem é? Será que nem hoje posso ter um pouco de paz?"

Derrotada acabou por descer degrau por degrau, não estando a dar a mínima importância ao que a pessoa podia achar da sua figura recém acordada. Antes mesmo de abrir, Caroline respirou fundo e pensou "espero que não seja um entregador de jornais de publicidade".

A pessoa do outro lado da porta estava bem ansiosa, a tremelicar por todos os lados, temendo sensivelmente não ser bem recebida. Por outro lado temia não conseguir explicar a razão da sua vinda repentina e sem explicação.

Realmente a porta se abriu, e a cara de espanto foi bem mais óbvia depois, pois nem sequer se tratava de um entregador de jornais.

- Bom dia! - saudou a loira para parecer simpática para a mulher a sua frente que suava familiar, embora não recorda-se em momento algum de onde a conhecia.

- Bom dia, Caroline! - a loira franze a testa ao não entender como aquela mulher conhecia seu nome, ou muito menos como havia conseguido chegar na sua morada. - Eu sei que a minha visita pode parecer estranha e que talvez não nos conheçamos, mas meu nome é Ângela Monte Negro e sou a esposa de seu pai.

Saber que o pai era casado novamente, fez o chão abaixo da garota cair me pedaços. Afinal o pai nunca havia mencionado tal coisa, o que por outro lado, eles nunca haviam travado contacto algum, para que ela pudesse ter conhecimento dessas noticias.

- Por favor entre! - deixou entrar ela ao perceber que aquela mulher podia ter mais alguma coisa para contar, que aparentemente ela imaginava não saber.

Haviam muitas questões ao qual a loira nunca havia obtido resposta ao qual nunca havia entendido se a partida do pai se devia ao desentendimento de um casal, ou se o trabalho havia sido a causa do afastamento.

Tudo podia ser o que ela imaginava das conversas da mãe ao longo dos anos, ou tudo podia ser mais grave que seria doloroso descobrir a verdade. Verdade essa que em tempos podia ter sido ocultada, quando estava verdadeiramente doente.

- Suponho que a senhora não tenha vindo até aqui para me visitar! - começou ela a falar para a que juntava os joelhos entre si e com as mãos os escondia. - Com certeza deve ter algo para me dizer. - Ângela balançou a cabeça concordando.

- Na verdade tenho uma coisa de seu pai! - os olhos da loira haviam elevado a escada, o que baixaram logo depois. - Ele pediu com urgência para entregar uma mensagem... ele ele por todos esses anos temeu procurar por sua filha por não saber que memórias podia ter em sua cabeça. - ela pausou um pouco ao qual respirou fundo, e continuou, não querendo de forma alguma interromper. - Uma coisa garanto que durante todos esses anos, ele nunca deixou de pensar em si, porque apesar de tudo era a coisa mais importante na vida dele. E mesmo que ache que só porque sou a companheira dele, eu confesso, falo um pouco por amor ao homem fantástico que ele é, mas por acima de tudo ao carácter que tem, e sem duvida o que digo é verdade.

- Agradeço imenso tudo o que falou sobre meu pai, e de facto não tem coisa melhor do que saber isso e de alguma forma ele não me esqueceu. - respondeu ela. - Só que tem um monte de questões, que queria que ele próprias as esclarece-se, que estando cara à cara comigo, eu soubesse as suas razões de que abandonado a mim e à minha mãe era a melhor opção.

As lágrimas de sua face já escorriam incontrolados mesmo querendo as controlar, a loira não encontrava nenhum botão mental para as parar. Por outro lado, Ângela mostrou-se solidária e estendeu sua mão passando assim os dedos pelos finos cabelos da rapariga.

Ela entendia daquele sentimento, em sua vida havia passado história semelhante, embora em seu passado nunca obtivesse a oportunidade certa para saber o que aconteceu, pois ele havia desaparecido.

- Sei o que está a sentir, acredite! Já vivi uma história assim. - disse ela amável.

E de desconhecida, aquela mulher que havia batido na sua porta mais cedo, tornava-se uma amiga. Não ao ponto de conseguir confiar totalmente nela, mas o suficiente para conseguir buscar de seus braços o consolo que precisava.

************************************************************************

Perto de começar a gritar e arrancar os cabelos, Camille saltou do beliche de seu quarto e foi directo para o balanço ao qual bastava a si abrir a janela e adiantar o jardim.

A raiva de saber através das redes sociais que o casalinho da cidade estava cada vez mais próximo que nunca, a deixou bem alterada, e na verdade o seu plano em tudo era afasta-los o mais possível, o que de facto não se via no momento.

Balançando ali de um lado para o outro, enquanto o escasso ventos soprava seus cabelos, os seus pensamentos não paravam de cogitar maldades. Ninguém podia ser mais feliz que ela, não quando a opção era Niklaus Mikaelson.

- Não vou dar-te esse prazer, Caroline! - sussurrou ela enquanto encarava meticulosa a sua janela no qual mostrava seu reflexo. - Vou encontrar uma forma de afastar ele de ti, ou tu dele e garanto que desta vez não irei falhar.

- Falando sozinha? - perguntou Hayley que entrava pelo portão da cerca branca.

- Há, olá Hayley! - tentou disfarçar a loira encurralava seus pensamentos anteriores dando lugar a novos. - Na verdade estava a comentar alto demais o quanto foi aborrecido ontem. - começou ela com aquele discurso de fazer qualquer burro de acreditar.

- Não há problema algum. - disse a jovem que sentava no balanço ao lado. - Se queres saber a Katherine estava bem insuportável ontem. - afirmou Hayley.

- Então qual foi a crise existencial da moça? - perguntou como se já não conhece-se minimamente os dramas ocasionais relacionados ao Salvatore mais novo com desdém.

De facto Katherine era muito meticulosa, porém haviam vezes em que ficava cega ao ponto de não pensar bem com a cabeça. Talvez fosse uma inteira razão de fazer Cami gostar dela. Afinal eram iguais em muitos pensamentos, nos seus ciumes ou sequer dramas.

- Bom o mesmo de sempre, só que aconteceu uma coisa que eu adorava mesmo saber, mas ela faz segredo. - confidênciou esta ao aproximar da loira, no qual deu um leve toque no ombro. - Dá para acreditar que ela foi se encontrar com Elijah?

A loira ao saber desse pequeno confesso, começou a sorrir, afinal o irmão da melhor amiga de Niklaus, andava metido com uma vadiazinha, quando muito mais este havia vivido um relacionamento anterior bem sério com a perfeita Spencer do ultimo ano de Medicina. Bom, a verdade é que ninguém mesmo havia ficado a saber se o casal havia ou não terminado o relacionamento, porém era uma ótima noticia para estabilizar a fofinha da Rebekah que não era nem mais, nem menos que uma grande pedra no seu sapato.

- Sabes que mais? Vou usar essa bomba para acabar com o bom humor daquela imprestável.
E num salto era estava de pé caminhando para dentro do seu quarto, procurando um vestidinho provocante e passar a escova nos seus cabelo. Hayley que não havia movido um palmo de si, apenas a seguia com o olhar de um lado para o outro, pensando consigo mesma se havia sido ou não boa ideia ter contado a real história de Katherine.

Afinal Camille estava interessada em criar um mau estar ao qual não custava em nada destruir a felicidade de alguém. Não que ela acredita-se que Katherine estava realmente apaixonada, porque era sabido por todos na cidade que a morena apenas havia morrido de amores por um único homem, ou talvez não, pois até onde sabia a psicologia defendia que o pensamento humano quanto uma obra de arte.

- Cami por favor não faças nada que possas te arrepender! - pediu por tudo Hayley.

- E eu lá sou mulher de arrepender de alguma coisa? - questionou ela ao voltar para o cómodo, onde onde estava a sua colecção vasta de perfumes, pelo qual uma gama inteira de aromas podia ser mais provocante que a outra. Ela passou seus olhos por cada frasquinho e continuou a falar. - Jamais vou importar com a felicidade dos outros, quando isso nada contribui para a minha, carríssima Hayley! - pegou o J'adore e borrifou bem perto do seu pescoço exibindo-se na frente do espelho do roupeiro branco.

- Estás a querer dizer que se fosse para me prejudicar, farias a mesma coisa sem pensar?

A morena parecia incrédula com a tamanha frieza da loira, que apenas balançou a cabeça confirmando a suspeita.

(...)

Horas mais tarde, mergulhados num animado lanche no Mystic Grill, Rebekah e Matt estava felizes conversando abertamente sobre a relação, e de alguns piques familiares, quando aquele que estava sendo um ambiente terminou devido a presença impiedosa de Camille e sua acompanhante.

- Parece que ela não vive um segundo da sua vida sem provocar! - comentou Rebekah para o namorado que já atentamente segurava sua mão, no intuito de a controlar ao ponto de não ser obrigado a intervir numa briga.

- Bekah meu amor e companhia... - gracejou a loira ao arrastar uma cadeira para junto da mesa onde o casal estava sentado. - Nem perguntei se podia sentar, porque já estou sentada, olhem só. - o tom irónico nas palavras dela pulsava pelos olhos de tão brilhantes e falsos.

- Diz logo o que queres, Cami! - e assim aquele olhar brincalhão de Camille caiu justo no de Rebekah que não demonstrava pingo de humor. - Não somos amigas ao ponto de tomarmos uma bebida e conversar, por isso se não te importas vai directo ao ponto.

Era o momento certo para largar a bomba que com certeza iria estoirar com mil e uma questões ao irmãozinho. Mas antes mesmo de fazer, só porque a sua ousadia era grande, acenou ao garçom que estava de serviço para que pudesse servir uma dose de vodka. É óbvio que o rapaz não havia sequer parado para pensar se ela tinha ou não idade para tomar uma bebida alcoólica.

- Não acredito que vais começar com rodeios, pois se é essa a intenção, vou embora, porque minha mãe não me criou para aturar gente de nível baixo.

Aquele era o momento certo. O plano malvado de Camille definitivamente estava a resultar dentro do imaginado.

- Que apressada garota! Também és assim na hora do sexo? Porque se fores assim, o pobre de Matt nem chega a sentir o real prazer. - obviamente que Hayley começou a rir com a situação e ao mesmo tempo o quanto estava mortinha para provocar um rebelião.

- Temo que isso não seja da tua conta e agora vai directo no ponto.

- Teu irmão Elijah... - e enrolou uma mexa no dedo indicador. - Ele anda a ter umas saídas interessantes com a Katherine, sabes a Pierce. - Rebekah levantou naquele exacto momento e seu rosto demonstrava pouca disponibilidade para brincadeiras.

- Meu irmão não sai com esse tipo de vadias, que eu saiba... Elijah sai com pessoas do nível da Spencer. - puxou o rapaz pela mão pronta a sair. - E essa história não faz qualquer sentido. - preparava para ir embora, mas parou na porta. - Pensei que fosses inventar histórias sobre Niklaus, mas agora com o meu irmão... hum, deve ser mesmo só implicância tua comigo. - e saiu.

Logo após a loira ter saído, Cami começou a gargalhar enquanto o garçom chegava com a bebida e a pousava na mesa ao qual Hayley preparava para fazer um pedido, que a outra logo levantou da cadeira e disse:

- Já não quero mais a vodka! - o garçom a seguiu com os olhos. - Demorou demais, por isso vou embora sem pagar. - e assim saiu toda cheia de si com alguns sorrisos altamente sínicos.

************************************************************************

Depois de acompanhar Ângela até a porta, Niklaus desceu as escadas observando a namorada que acabava de chegar a porta logo após um aceno.

- Quem era, amor? - perguntou ele esboçando e esfregando os olhos contra a manga da camisa de olhos meio sonolentos.

- Era um senhora que diz ser  esposa de meu pai! - esclareceu ela caminhando para a cozinha. - Ela queria deixar uma mensagem do meu pai.

O loiro percebeu o desconforto dele que já passava seus braços no redor dos ombros dela.

- Vai ficar tudo bem, e se quiseres vou lá contigo, mais tarde. - mostrou-se solidário.

- Não, na verdade eu que possamos ter uma tarde só nossa, sabes só tu e eu. - ele começou a gostar da ideia. - Mas nada e cinemas, na verdade quero algo mais romântico.

Niklaus começou a pensar, romântico mesmo seria levar Caroline a Veneza, mas como não estava ao alcance deles tomar uma viagem como essa, podia simplesmente leva-la até New Orleans, a sua velha vida e por outro lado marcada pela saudade.

- Eu sei onde posso levar-te! - ela virou-se para ela fazendo um olhar curioso, onde a sobrancelha carregava.

- Onde seria senhor Mikaelson?

- New Orleans! - respondeu ele pegando a mão dela e a rodar. - A cidade que nunca dorme. - mas ela precisou corrigi-lo.

- Não seria antes New York? . e cairam na risada mais atraente do dia.


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