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One Shot - Elena - A Motel, a bedroom and two strangers


Chovia muito no lado de fora e a neve conseguia cobrir tudo o quanto os meus olhos alcançavam. Estava a chegar em Mystic Falls tal como havia protemido para a tia Jenna estar presente para a dita ceia de natal. Alaric estaria lá e serviria whisky com toda a certeza, Jeremy roubaria os bombons da arvore, porque ele sempre era guloso e não aguentava a meia noite. Stefan... pelo menos contava com a sua presença.

No entanto não faltava nem mais nem menos que 2 horas para a meia noite chegar e terminar com  aminha pequena fantasia do natal, além que desde que saira do Campus não havia nem dormido uma 1 sequer. Contudo, continuando a conduzir o mais depressa que conseguia, me vi obrigada abrandar um pouco a minha velocidade quando comecei a ver uma luz vermelha bem a uma distância de alguns metros.

Aproximei o carro um pouco mais, antes de conseguir decifrar o que a luz dizia encontrei uma placa que dizia 350 km de Mystic Falls. Bufei com isso, porque não chegaria a tempo. Entretanto, aquela luz que inicialmente apenas era isso transformou-se em letras e não é que se tratava de um motel de beira de estrada?

Bom, estava vencida pelo sono e não tinha como negar que chegar a tempo seria um fiasco. E depois quem iria conseguir passar essa neve toda, não? Confesso que arrisquei-me um tanto ao aumentar a velocidade, mas havia chegado a hora de parar.

À primeira vista ali bem parada do lado daquele motel, as condições em nada eram acolhedoras, na medida do possivel o espaço era precário e não convidava muito a ter noites escaldantes. Contudo, haviam vagas e depois uma noite apenas seria uma noite. Quem liga para os detalhes quando o cansaço é imenso?

Estaciono o carro e envio uma sms para a tia Jenna no intuito de avisa-la do meu suposto não aparecimento na ceia, 1 era tarde e não chegaria a tempo, 2 estava muito cansada. No entanto só para deixa-la mais confortada avisei que iria apenas no dia seguinte, a desculpa dos exames sempre cola muito bem. Mesmo assim para terminar com o meu silencio da noite fria e terrivelmente escura num inverno como este um estranho carro luxuoso para na vaga do lado. Era curiosa e não contive a não olhar aquela máquina.

"O que um carro de luxo faz perto de um hotel barato?" pensei comigo mesma ao guardar o aparelho no bolso do casaco grosso de inverno. "Ai Elena que é isso tem haver contigo? Não é da tua conta os outros querem ou não escolher uma espelunca como esta".

Convencida e achando que seria uma gata a sair de um carro de luxo, sai com uma maior elegância e incrivelmente o homem do outro carro correu a corresponder o mesmo gesto. Aparentemente ele parecia ser alto e se não fosse a luz fraca da noite iluminada pelo candeiro fusco diria que era moreno. Muito embora os seus traços sombrios o descreviam como homem bonito. Usava um sobretudo que cobria toda a extenção do corpo.

À um cruzar de olhares, podia sentir que aquele olhar havia pesado mesmo em mim, com aquela mesma intensidade com o qual havia pesado o meu no seu. Sem dizer uma unica palavra caminhei para a recepção, estranhamente ele não teceu uma palavra ecaminhou igualmente no seu silencio misterioso. Atrás do balcão uma senhora talvez não muito mais alta que eu atende dando umas boas noites literalmente.

- Há, os senhores estão com um pouco de sorte, mas tenho a dizer que apenas encontro com um quarto disponivel. - diz a senhora. Me vejo obrigada a olhar por de baixo das minhas longas pestanas para ele que olhava para mim absorto.

- Não somos um casal e não estamos juntos! - responde ele ao cruzar os braços sob o peito.

- Sinto muito em informa-los de que não dispomos de mais quartos. Parece até mentira, isto nunca é tão cheio assim... - comenta a senhora que arranca de mim um breve sorriso. Ai lembro do quanto as pessoas gostavam de viver no baixo conforto. - Mas é verdade, nessa época do ano muitas pessoas se perdem na estrada ao tentarem chegar na casa dos familiares. Outras vezes vem à procura de um lugar sossegado para ficar com a familia. Contudo, esse é o único motel em 50 Km que tem ao dispor.

- Não tem nada que a senhora possa fazer? - ainda tentei demover a senhora do contrário. Havia um pouco de esperança em mim, afinal podia algum hospede sair de emergência. - Tenho mais 4 horas de viagem e essa neve não convida muito...

- Vamos ficar com o quarto! - chego mesmo a pensar "vamos?" e olho ele que sorri brando. - Não como um de nós apanhar estrada com esse temporal de neve.

Começei a pensar com mais clareza, mas não tinha como responder. A senhora pareceu estranhar inicialmente, mas logo aproveitou a oportunidade para alugar o ultimo quarto do qual dispunha. Pronta a servir os hospedes, os abandona para ir buscar a chave do quarto. Claro que isso dá a ambos uma opotunidade de privacidade.

- Um quarto para duas pessoas que nem se conhecem... - comecei por dizer.

Ele olhou de imediato para mim com uma forma que nem lembrava de ser olhada, era dificil decifrar o que ia na sua cabeça. O modo como o seu olhar incidia em mim era penetrante e isso deixava-me um pouco desconfortável.

- Não estou a pedir para que faça sexo comigo, apenas vamos dividir uma cama. - respiro fundo ao escutar a palavra "sexo". - Tens algum problema com isso? Se tens, podes sempre pegar no teu carro e fazeres-te à estrada, pois eu não tenciono sair daqui para lugar algum. - ele mantinha-se sério a olhar para mim.

" Que burra, só pensas coisas erradas" pensei.

No entanto falassem lá o que quisessem que não tinha mal algum partilhar uma cama com estranhos, para mim isso tinha tudo de mau. Em primeiro lugar não partilhava nada com estranhos, segundo não confiava neles.

O quarto era o melhor que ambos esperavamos. Havia uma cama grande no fundo do comodo. No lado direito encontrava-se uma estante de madeira que ia desde do chão ate ao tecto. Estava cheia de livros, alguns gastos pelo tempo e outros completamente perdidos. As cortinas da janela, no lado esquerdo onde encontrava-se a porta da entrada, eram velhas mas ainda tinham o seu charme. Os lençóis pareciam novos, no entanto saltando na vista o cobertor era velho. No lado oposto à cama tinha uma porta de madeira que dava para uma casa de banho bem apertadinha. Mesmo tendo todas essas coisas, o quarto era frio. Só que quando encontrei o aquecedor no lado da estante dei uma graças a deus por ser ouvida. Ele parecia também mais aliviado que já estava a tirar o sobretudo do corpo.

Tentei ao máximo conter o meu olhar quado percebi o reflexo dele na janela e obriguei os meus olhos a olharem as minhas mãos. Minha boca estava seca, e estava esperançosa em encontrar alguma coisa do que beber. Havia uma pequena geladeira, abri a porta e só encontrei 2 garrafas de cerveja barata e uma garrafa de agua mineral vazia. Fiz uma careta e fechei a porta.

- Vou ver se a senhora tem agua fresca! - digo ao me virar para ele e ai uma pequena lembrança brilha na minha memória.

"Como vais chama-lo se algum tarado tentar agarrar a tua agua, Elena?" pensei.

- Tudo bem! - responde ele caminhando tranquilamente na direção da casa de banho.

Ainda pensei em perguntar o seu nome, mas a coragem me faltou. Afinal ele nem parecia interessado em conversar. Sai do quarto entretanto.

(...)

Quando regressei ao quarto a primeira coisa que dei conta foi a porta entreaberta e um homem enrolado numa toalha bem interessante. Ele lavava o rosto. Rapidamente sem que desse chance para que ele percebesse que havia ficado a ser observado por olhares alheios, sentei em cima da cama com a minha mala. Mostrei que estava ocupada e logo peguei a agua e bebi um gole.

Para quebrar a tensão, ele sai da cabine e vinha em tronco nú, aquilo cortou a minha respiração em pequenos pedaços. Claramente sabia que eu estava totalmente absorta em si, afinal um corpo como aquele a desfilar diante dos meus olhos não era de evitar. Ele pega uma camisa cinza e a veste, vira lentamente na minha direção e sorri para mim, era como se ele soubesse que o olhava.

Envergonhada e a precisar de um banho para despertar levantei da cama e levei umas roupas comigo. O pior mesmo foi dar conta de que a porta da casa de banho não tinha trinque e que na pior das hipoteses fechava mal. "Oh deus isso não pode estar acontecer comigo".

A minha respiração mantinha-se ofegante, não sentia mais aquele frio. No lugar, havia um calor em meu peito, mesmo que as minhas mãos continuassem bem frias. Tirei a roupa e finalmente entrei dentro do chuveiro. A agua queimava, mas o meu corpo gostava muito da sensação. Nesse instante lembrei que logo no inicio do ano havia feito uma promessa a mim mesma de que nunca mais iria sair da minha zona de conforto. Que seria prodente e que não tornaria a cair em aventuras, só que como muitas das muitas promessas de ano novo, aquela definitivamente não se realizou. O mais fora da minha zona de conforto que consegui fora sair e dormir demais e conduzir uma estrada repleta de neve por todos os lados. Sem contar com o fato de que estava a minutos de partilhar uma cama com um estranho, porque incrivelmente havia encontrado um motel onde apenas havia um quarto disponivel.

O ano estava acabar e não seria nada justo começar outro em que continuamente mantinha-se arrependida por tudo o que havia feito de errado. Estava atraida por ele, isso era uma certeza. Só que ele não estava exatamente atraido por ela. Ok, no inicio até aconteceu uma troca de olhares, mas e dai? Ele começou a ser frio e direto com ela como se não temesse nada. Mesmo assim por mais minima que a certeza fosse, mantinha a minha impressão de que ela havia sorrido para mim quando percebeu que o observava lá no espelho da casa de banho. Fosse como fosse não ia desistir sem tentar.

Ao sair do banho puxei uma toalha turca e a enrolei no meu corpo. Abri a porta um tanto mais, só para ter aquela impressão de que o resto se abriria por si mesmo. Sorte mesmo é que ele não estava a olhar nesse momento, então nunca poderia deduzir que o faria propositadamente, por outro lado a porta também era silenciosa. "Pelo menos descrição, não?"

Logo que terminei coloquei confiança em mim e sai determinada do banho. Ele estava na beira da cama com um cigarro na mão, provavelmente era fumador, mas isso não era um problema para mim. A minha determinação apagou de imediato o nervoso miudo e aproximei dele que tranquilamente o fez apagar o cigarro e levantar num impulso da cama.

Quando simplesmente dei por mim, as mãos dele haviam segurando a minha cintura tão rapidamente que quando muito os nossos lábios estavam tão próximos quanto imaginava em outro momento. Sem pensar ele beijou-me. As suas mãos logo não tardaram a subir pela minha cintura até à cabeça e enrolar as minhas mexas nos dedos. Voltamos a beijar-nos, era uma sensação tão boa e tão intensa.

Se bem que inicialmente estranhei aquela sua atitude, mas afinal até havia se revelado necessária.
A toalha que envergava começava lentamente a se soltar do meu corpo, a mão atrevida dele a soltava, eu sabia no que aquilo ia terminar, no entanto queria tanto quanto ele, e não era no momento da hora H que ia desistir. O desejava tanto quanto era desejada.

Assim que ele largou os meus lábios o olhei e contornei o meu dedo indicador por seus lábios, era tão macios. Em contra partida, ela já estava nua, ele olhava o meu corpo com uma certa malicia, mordi o meu lábio involuntariamente. A minha respiração não muito tarde começou a ficar ofegante. Ele larga dos meus cabelos para descer as mãos até aos meus peitos, dali contorna-los e descer até à minha cintura.

Sou realmente apanhada de surpresa quando ele do nada me pega no colo, o meu coração dá um pulo de alegria. Então me empurra contra a cama onde caio bem no meio e observo o tecto do quarto. Ai ele sobre sobre a cama, sobre mim. A minha sensação se torna medo, excitação. Uma verdadeira mistura.

Incrivelmente, ele começa a seduzir-me, usando de meios para atingir aquele fim tão esperado. Claro, ia acontecer um sexo bom, não era de advinhar.

Na manhã seguinte tudo o que sobrou foi um acordar confuso da minha parte. Estava deitada do lado daquela homem com o qual nem o nome havia sabido e incrivelmete havia envolvido sexualmente.
Puxei o lençol um tanto mais para mim, estava envergonhada ou sei lá o que explicar, no entanto havia uma mancha no meu lado, melhor na minha almofada e como se não bastasse um pequeno ardor no meu pescoço. Invadida pela sensação de dor. Corri de imediato para a casa de banho aproveitando o fato de que ele estava bem ferrado no sono.

Ao olhar-me no espelho fiquei assustada, aquilo era uma mordida e não um arranhão como simplesmente havia especulado mentalmente. Era uma sensação ruim a que invadia o coração. Mas logo a porta abriu e ele revelou-se preocupado.

- O que foi? - perguntou de mão na porta e um olhar compenetrante em mim.

Mantenho o meu olhar colado no espelho, vendo o reflexo dele ali mesmo.

- O que fizes-te comigo? - aponto para a mordida no meu pescoço que ainda estava aberta e sagrava um pouco.

Entretanto ele aproxima dela e coloca as mãos nos ombros dela ao qual abaixa a cabeça e com sua lingua dá uma lambidela no sangue fresco. Tento afastar-me dele, mas as suas mãos firmes prendem-me ao chão. Só então ao ver que não havia manifestado palavra ou gritos, ele obriga-me a virar-me para ele. Olha os meus olhos e o olho igualmente, embora assustada.

- Fiquei assustada! - digo por fim. Ele pega o dedo indicador e o leva aos labios chupando o sangue que estava ali. - Não sei o teu nome, nem o que és! - tento saber, mas ele me silencia ao beijar e assim que solta os meus labios diz algo no ouvido que arrepia-me completamente.

- Cala a boca a beija-me! - estremeço um pouco. - E já agora desfazendo a curiosidade da pequena, sou Damon! - e cola os labios no lobulo da orelha dando uma mordidinha de leve.


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