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Dust in the Wind - Capítulo 42 - Encontro no Cemitério

No seguimento da viagem, o ambiente perante ambos os loiros era preenchido com música que saia de colunas das portas laterais do carro. Caroline cantarolava baixo, enquanto Niklaus do seu lado tomava o controle da estrada e quando preciso deitava um olho á namorada não resistindo ainda mais a sua voz que mesmo cantada a apaixonava ainda mais.

Tempo depois já estavam ambos a cantar juntos e quando o carro finalmente abrandou, perante o sinal vermelho do semáforo, os carros que paravam de ambos os lados, reparavam naquele casal, pelo qual não resistiam em não olhar, quando na verdade pareciam felizes.

Mudando de vermelho para verde, o carro voltou a ganhar mobilidade e o som espalhava-se por toda a estrada. Só quando viraram na segunda cortada à esquerda é que o loiro com a sua mão livre reduziu o volume do aparelho do rádio, logo Caroline percebeu que estavam a chegar no destino.

- Estás a ver aquela casa ali por entre aqueles arbustos pequenos e calçada francesa? - ele apontou para lá enquanto reduzia um pouco mais a velocidade.

- Sim, parece tão grande Niklaus! - a loira parecia deslumbrada com o que os seus simples olhos viam, e já saltitava alegre em seu banco do pendura. - Não dá para acreditar, parece tudo um sonho.

E finalmente estavam parados na entrada dos grandes portões da década dos anos 20. Toda a estrutura da casa era rústica, aquela mistura do belo e arte. Cada arbusto à sua volta representava um formato diferente.

Niklaus lembrava de escutar seu avô paterno falar de histórias relacionadas com cada árvore plantada, que não mais representavam os escravos daquela época. É certo que pelo que havia estudado nas aulas de História, essa não havia sido a pior parte de facto, e que haviam períodos bem mais marcantes dos EUA. Mas para sair logo desse transe do tempo, ele desviou a sua atenção à namorada que percorria a volta do carro para o abraçar pela cintura e deixar um beijo nos lábios. O Mikaelson gostava de estar de volta a sua casa, mais ainda porque estava na companhia de sua namorada.

- Vem, vou mostrar-te a minha modesta casa, senhorita Forbes! - usou um tom cortês para que ela o acompanha-se.

Dali percorreram o trilho da calçada bem desenhada até às grandes portas brancas com candelabros dourados de cada lado, suportados em pilares robustos.

Do bolso da jaqueta, o rapaz tirou uma chave do bolso que era bem antiga e grande, embora com um disign bonito da época.

- Ainda não se faziam portas como agora naquele tempo.

Afirmou ele ao rodar a chave e abrir a porta para trás, mostrando um imenso all de entrada com tantos quadros destruibuidos pelas paredes claras, bem como uns dois bustos antigos juntos da lacuna da escadaria.

As honras sempre eram dadas às mulheres em primeiro lugar, então Caroline seguiu em frente com esse gesto cavalheiro. É claro que o seu espanto ainda conseguia ser maior agora que olhava para dentro com outro pormenor.

Pouco depois, o namorado atrás dela a acompanhou. Afinal queria mostrar cada cantinho daquela que teria sido a casa de sua infância feliz, antes claro da perda da sua mãe e a ida para Mystic Falls.

- Nem sei o que dizer, é tudo tão perfeito, meu amor. - falou ela tão expressiva que dava até vontade de ver a felicidade transbordar em seus olhos.

Mas dali foram directos ao quarto dele, afinal era o canto da casa que mais curiosidade despertava nela.

Logo após subir a escadaria maciça branca, Niklaus colocou-se na frente dela para que assim abri-se a porta uma vez mais, provocando outro tipo de impacto.

- Olha parece que és arrumado mesmo. - comentou ela ao observar os objectos e móveis à sua volta.
- Como vês não tenho empregada para concluir as tarefas domésticas. - respondeu risonho ao aproximar dela e pousar as mãos sobres os ombros os massajando.

- Quando vivermos juntos, vou querer que sejas o meu escravo.

- É mesmo? - questionou ele rindo perto da orelha dela, o que a fez arrepiar levemente. - só pedires, faço qualquer coisa.

Ela virou-se de imediato para ele, suas mãos subiram por todo o seu peito, o seu batimento cardíaco sentia-se tão facilmente sob a pele, as batidas eram salientes. Niklaus em resposta subias suas mãos suavemente até às maçãs do rosto dela, acariciando docemente.

- Olha que eu fico tentada e depois não vou deixar mesmo que escapes. - ela falava cheia de manha até sentar em cima da cama, após afastar dele.

- Podemos começar já! - afirmou ele, contudo ela fugiu para o lado, quando ele sentou na cama. - Por favor não vais cortar justo no ponto em que fico na vontade.

Mas Caroline começou a rir das palavras do namorado que corava levemente ao passar a mão no próprio cabelo loiro de cachos desalinhados.

- Mais tarde, prometes-te passear comigo, e passear é conhecer. - piscou o olho de forma convencida ao ir até à porta.

- Certo a senhorita manda. - ele colocou-se em poucos passos do lado dela.

(...)

Um quarto de hora depois, estavam numa das ruas principais de New Orleans, onde circulavam imensas pessoas. Todas elas entre si eram desconhecidas de alguma forma para Caroline, embora Niklaus sendo nascido daquele lugar as pudesse conhecer como palma de suas mãos.

Algumas das jovens que estavam na entrada da loja de conveniências acenou a ele, a loira que agarrava a mão dele percebeu era quem conhece alguém, e bom ela esperava que isso acontecesse algum dia. Fresh Quarte uma parte da cidade mais movimentada, onde as amizades antigas ainda ferviam como sangue de seu corpo, claro que isso não importava se essas amizades eram femininas ou masculinas, a verdade é que elas existiam.

- Care, está tudo bem? - Perguntou ele ao não escutar uma única palavra dela, e ainda mais perceber que o seu olhar estava fixo nas garotas da loja. - Care? - ele balançou o ombro dela após parar o passo e se colocar na frente dela.

- Disses-te alguma coisa? - a loira saiu do transe ao olhar os olhos preocupados do namorado, na verdade ela precisava de tirar essas mínimas inseguranças de sua cabeça, ou tudo seria destruído.
- Deixa para lá... anda, quero que conheças alguém.

Niklaus puxou ela mão dela para o sentido onde o olhar dela pesava anteriormente, pensando consigo mesma se ele não estava simplesmente testando os seus limites. Estaria Caroline a começar a perder o controlo da sua segurança na relação? Por vezes ela mesma deixava de se reconhecer, e volta e meia, achava que tinha trocado a identidade mental com a Elena.

Era mau demais pensar assim de si mesma, contudo era necessário controlar mais um pouco a cabeça, ou terminaria com aquele passeio romântico que havia sido providênciado com tanto amor.

- Quem? - atreveu a questionar quando juntos passavam a linha da estrada.

************************************************************************

Num cenário completamente diferente a alguns valentes quilómetros dali, Elena aguardava a resposta para sua pergunta. Aquela estranha simplesmente a encarava de alto a baixo, como os policiais dos filmes que recordava de ver.

- Não vais falar, certo? - deduziu assim que começou ajeitar a jaqueta pronta para dar as costas em jeito de má educação, quando uma voz fina ecoou.

- Rose Marie!

Elena virou-se gradualmente para aquela pessoa, parando de fato os seus pés sobre a grama verde que sai por entre as pedras mal compostas do trilho.

- Desculpe? - ela parecia não ter escutado bem ao ponto de desculpar-se.

- Rose Marie! - repetiu novamente ao dar dois novos passos e agachar-se na frente da lápide do Salvatore. - Damon era um ótimo rapaz, um companheiro.

- Vocês conheciam-se? - era inevitável não questionar quanto a esse facto. Damon nunca havia mencionado nenhuma Rose Marie para ela, e agora estava justo na frente dessa pessoa. - Ele nunca falou de ti! Foram namorados? - estremeceu com aquela ultima pergunta, o que nem da sua conta era, embora não conseguisse evitar.

Rose ergueu-se do chão, voltando os seus olhos grandes para a garota Gilbert que parecia tão curiosa quanto ao aparecimento repentino.

- Fui uma das primeiras namoradas do Damon. - ela mexeu seus dedos levemente e os escondeu dentro da algibeira. - Foi à muito tempo, se bem que nunca tenha esquecido apesar da distância que fui obrigada a suportar. - explicou ela semicerrando os olhos quando elevava o olhar ao céu. - Meus pais, eu e o meu irmão partimos para Londres, como vês não estava aqui do lado e nem mesmo a constante troca de e-mails, aguentou a força do namoro.

- Lamento! - disse Elena, mas Rose balançou a cabeça sentando no chão, obviamente que a morena acabou acompanhando nesse mesmo gesto.

- Aguentamos 6 meses assim, apenas nos vendo pela web CAM de um velho e robusto computador que tinha em casa. Era a única forma que tinha de senti-lo mais perto, ver com os olhos o que o coração não podia sentir. - pegou uma pequena pedra a jogando para o alto. Ninguém estava mais ali, que não elas, então não seriam alvo de julgamento. - Porque quando trocávamos mensagens, nunca tinha a certeza se aquilo que ele dizia sentir era verdade, e como não podia estar aqui, aquele era o único modo que tinha.

- Mesmo assim a relação acabou... - comentou ela ao não tirar os olhos da rapariga que havia pegado uma nova pedra, pelo qual pressionava por entre os dedos.

- Todas as relaçõees tem um prazo de validade, e a nossa efetivamete não era excepção. - acabou concordando, era uma forma justa de saber isso já que havia sentido na pele. - Mas não foi totalmente por culpa da distância que tudo terminou. - e deixou cair a pedra por entre os dedos. - Acabei por saber que ele tinha mudado bastante, a ponto de não ser mais fiel.

- Ele traiu-te, não foi? - ela simplesmente balançou a cabeça.

Rose Marie não entendia porque estava abrir o seu coração para uma mera estranha pelo qual acabava de conhecer. No entanto, algo em si dizia que existia algum tipo de afinidade ali. E que aquilo que havia sentido em outra hora, aquela rapariga sentiria igual.

- E tu? Falei tanto de mim que acho que tornei-me invasiva ao máximo e nem eras obrigada a escutar a minha história. - apressou a desculpar-se com todo aquele desabafo.

A morena balançou a cabeça, esfregando um pouco os seus cabelos à sua frente para que depois com uma mola os pudesse prender de lado.

- Não à problema algum. - disse ela. - Fui namorada do irmão mais novo dele durante algum tempo... Stefan saiu da cidade voltando um tempo mais tarde com uma outra rapariga. - Rose pousou o cotovelo em cima do joelho. - E nesse tempo o Damon e eu fomos ficando mais próximos.
Inicialmente éramos bons amigos, até porque não sabíamos o que os outros podiam achar do facto de começarmos uma relação, quando eu era a ex-namorada abandonada pelo irmão. - os seus pensamentos após aquele confesso voaram até aquela época. Haviam sido tantas as criticas, tantas pessoas virando costas, que hoje nem havia tentado mais entender.

- Complicado.

- Com o passar do tempo aprendi a não dar importância ao que os outros pensam. - ela suspirou e retomou em seguida enquanto juntava ambos os joelhos. - Fomos muito felizes a dado tempo, só que quando Stefan voltou, tudo ficou tão estranho, ele havia encontrado uma nova namorada é certo e isso perturbou-me muito, embora quisesse não me importar com sua constante presença. Mesmo eu não querendo, ele mexia comigo.

- Estou a ver que tinha queda pelos dois Salvatores! - comentou a ruiva ao conter o riso. - É típico quando uma mesma família existem dois irmãos bonitos e atraentes ao ponto de encantar qualquer mulher como nós.

Elas ficaram mais um tempo a conversar, assim que levantaram do chão. Nesse passo até à entrada, chegava um carro cinza reluzente que a morena ficou desde logo observando a vidrada e a outra não teve como não falar.

- E lá vem o meu irmão a exibir o seu carro. - afirmou Rose ao cruzar os braços sobre o peito.

- É muito bonito. - elogiou.

- Espera só para dizeres isso a ele. - gracejou sabendo perfeitamente que o irmão morria de amores ao elogios tecidos ao seu carro.

O carro parou mesmo do lado delas. Os vidros eram fusco, mas embelezavam em tanto todo o veiculo. Uma das janelas baixou o vidro e lá dentro estava um rapaz bem bonito, de sobrancelha carregada, cabelo espetado e um sorriso de matar.

Elena que olhava encantada não conseguiu conter um pensamento perverso ao rapaz que causalmente estendia o braço de querer fazer sua apresentação, embora sabotada pela irmã num deixa de corte.
- Este é o meu irmão Kol, e antes que deixes seduzir, aviso que tem a mania do galanteador.

Galanteador ou não, a morena não estava nem um pouco importada.

- Prazer em conhecer-te Kol, sou Elena! - fez sua breve apresentação, ou não teria outra oportunidade tendo em conta a história deles terem-se moldado para Londres contada por Rose mais cedo.

*************************************************************************

- Davina! Margaux! - saudou Niklaus que abria os braços para cumprimentar as garotas que sorriam.

- Nik! - Davina saltou para o colo dele, Caroline deu um passo atrás.

- Calma, Dav! - alertou ele que estava todo atrapalhado e ao mesmo tempo já havia percebido o desconforto da namorada. - Meninas quero apresentar para vocês, minha namorada Caroline Forbes. - e a jovem dos cabelos cumpridos pousou os pés no chão dando um sorriso grande para a loira.

- Prazer Caroline, sou Davina, a prima desses bonitão! - deu um abraço na garota após largar Niklaus.

- O prazer é meu, Davina!

Dali soltava-se um grande suspiro de alivio. Ou menos aquela não era uma outra Camille, a garota do mal que desde que lembrava ainda não havia dado um trégua ao casal.

- Sou Margaux! Velha amiga da família Mikaelson. - falou toda despreocupada. - Bom eu adoraria ficar mais um tempo na vossa companhia, mas tenho uns favores para cobrar, vejo vocês mais tarde.

Ela afastou-se deles com um breve aceno. Entretanto Davina começou a tagarelar tal como Caroline sempre fazia. Talvez vendo aquele à vontade da garota, ela até podia ser a mais nova amiga da loira, pois tinham algumas coisas em comum e isso era o motivo suficiente para se tornar inseparável.

- Ai a minha mãe vai adorar tanto voltar a ver-te! - disse ela. - Mal posso esperar para chegar em casa. - mostrou uma careta divertida.

Eles acabaram por dar continuidade ao passeio. Pouco a pouco Caroline ia ambientando-se ao ambiente do Fresh Quarter. Afinal Niklaus havia nascido e crescido ali, e por outro lado havia adaptado sua vida às mudanças quando tomou como certo viver em Mystic, que agora estando ali na companhia dele, ela sentia a obrigação de retribuir, o que na verdade não se pedia muito, certo? Além disso, por amor tudo se faz.

A dado tempo chegaram na parte superior de uma loja de artigos religiosos. A jovem observava tudo com tamanha curiosidade percebendo que ali a religião também era vista como uma crença de fé. O loiro logo percebeu a distracção da namorada que viu necessidade de a puxar pela mão assim que Davina abriu a porta de casa.



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