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3 Semanas com a tia Alice - Capítulo 25 - Perdão de irmão

Agarrada ao telefone desde cedo estava Alice conversando e ajudando a irmã que uma vez mais que havia ligado em prantos. Já ia de longe a famosa crise no casamento, mas o que era novo é que o marido já pedia o divórcio. A pobre coitada dava todo o apoio que conseguia, mesmo que nem todas as palavras a confortassem da forma que precisava.

No entanto, Alice como Cynthia estavam cientes que um casamento na base dos filhos nunca em momento algum ia dar certo, tanto que adultos como eram necessitavam de ser felizes. Se a relação havia perdido a sua monotonia, é porque aquele sentimento havia caido na rotina dos dias de entrada e saida para uma nova fase.

Por outro lado, o maior medo da irmã mais nova da morena era sem duvida a reação da filha, afinal sempre havia crescido e vivido com o pai e a mãe juntos que só o facto de imaginar-se num ramo da arvore partido, mudava um tanto as coisas. Ok, não era o fim do mundo e todos os dias por mais que a realidade fosse dura pais davam um fim em seus casamentos, porque simplesmente as pessoas deixavam de ser felizes.

Agora Candice era uma menina esperta e facilmente iria superar a separação dos progenitores, entendendo assim que se fosse necessário isso para que tanto um quanto o outro pudessem ser felizes em suas vidas separadas. Claro está que isso não implicava que iriam deixar de amar a filha que tinham em comum.

- Cynthia! Não fiques assim, talvez até seja melhor para todos... aliás acho que está na hora de a tua filha ficar a saber das coisas e talvez seja melhor ela regressar nesse final de semana. Ela precisa de ti, do pai também. - aconselhou Alice olhando para a porta entreaberta. - Falo a ela que estás com saudades, sim? Um beijo. Cuida-te!

A ligação encerrou um pouco tempo depois e já a menina surgia de trás da porta com uma lágrima a rolar pelo rosto rosado. A morena já estava ciente de que havia sido apanhada em flagrante pela sobrinha e que a unica saida agora era confirmar o que seus ouvidos haviam escutado.

- Vem cá à tia! - acenou.

Candice deu uns breves passos até ao sofá e sentou no colo de Alice baixando o rosto tanto quanto possivel, no entanto as mãos macias da morena já percorriam todo o rostinho da pequena limpando aqueles vestigios de lágrimas.

- O papa e a mama não gostam mais de mim, não é? - as palavras saiam em meio de soluçares baixos.

- Não é nada disso, meu amor! O papa e a mama adoram muito estar contigo, só simplesmente não são mais felizes juntos. - explicou desembaraçando uns fios de cabelo. - Tem vezes que o amor vai se perdendo, e depois o buscam fora. Isso quer dizer que as coisas acabam! - beijo os cabelos dela carinhosa.

- Como os cereais? - a tia começou a rir com aquela comparação.

- Sim, como os cereais!

(...)

Já depois de um bom tempo conversando com a menina ao qual havia contado o problema de ser um adulto de cerebro complicado, Candice parecia bem mais confiante em aceitar o destino dos pais.

Embora, soubesse que amor nunca lhe iria faltar, e que ambos por mais que não conseguissem conviver entre si, iriam manter sempre o vinculo.

Por vezes Alice pensava se aquilo que dizia podia ou não fazer sentido para si, quando no entanto a sua relação acabava indo para a rotina. É certo que Rafael nunca havia sido um homem de grandes investidas, mas sabia agradar. Contudo, algumas coisas haviam mudado, e até mesmo a forma de amar alguém. Será que os seus próprios sentimentos estavam sendo colocados à prova?

Ela queria acreditar que não, que em 3 semanas, as coisas não podiam estar a mudar tanto. Talvez fosse uma simples crise na relação, afinal todos os outros casais tinham, eles não eram excessão só porque até então haviam tido um amor pleno. Bom, Rafael nunca havia mudado certas e determinadas atitudes, até ao momento. Mas até o homem mais perfeito, que se é que ele existia mesmo, podia ficar imperfeito. Se bem que personificar um homem com tal majestusidade fosse um exagero completo.

Só que de volta e meia a sua cabeça começava a pensar tanto e tanto mais que as duvidas ficavam mais óbvias e as certezas acabavam minimas.

***

Contar a Damon sobre a gravidez não havia sido uma boa, Caroline tinha a certeza sobre isso agora que retomava o caminho de volta a casa, não querendo nunca ir até ao hotel para ir buscar as malas, porque de certa maneira iria acabar por se cruzar com o marido. Magoada e de orgulho ferido, achava que talvez o irmão havia sido tão sincero com ela, do que esta havia sido para ele.

No entanto, mesmo reconhecendo o erro agora ao ter desculpado as ações do Salvatore, sentia-se ainda pior porque no fundo irmão era quem havia sempre falado a verdade e de Bella que no fundo também havia reforçado a ideia do primo. "Meu deus como fui capaz de duvidar de pessoas que realmente amam-me" pensou ela ao ver o taxista virar na rua mais à frente.
Já faltava pouco para chegar no prédio do irmão, bem que um pouco mais de tempo para escutar palavras duras, contudo, a loira sentia-se preparada para isso, e nunca era demais ouvir a verdade, até porque aprendia-se todos os dias com os erros.

Quando o táxi parou, Caroline saiu dos seus pensamentos e abriu a porta deixando uns trocados no banco e agradecer ao moço que gentilmente havia a deixado tão à vontade.

Encarando a porta de vidro agora, ela uma questão de tempo até chegar no apartamento. Pensando assim ela cruzou com algumas pessoas e entrou no elevador que abria naquela hora agradecendo ao jovem rapaz que impedia as portas de fechar. Instantes depois dava breves passos até à porta enquanto buscava da bolsa a chave pensando consigo que seria uma sorte o irmão não ter mudado as fechaduras.

Ainda tudo havia ficado igual desde a sua saida, e ao entrar deu certa conta disso, porque tudo mantinha-se no seu lugar, a tv, o sofá e até mesmo alguns pontos de referencia à sua decoração.

Fechando a porta atrás de si com um pé, pode escutar as palavras de Esther "mas quem será a essa hora? E tem chave?" e deu de caras com a loira e não deu nem para ficar estática que já vinha até ela a abraçando carinhosa.

- Oh minha menina que bom que voltou! - dizia Esther tão emotiva por vê-la de volta. - Faz tanta falta nessa casa, meu anjo! - soltou-se um pouco para analisar o ar abatido. - Não parece nada bem, aconteceu alguma coisa?

Caroline tinha tanta coisa para contar, mas primeiro queria falar com o real interessado da história.

- Meu irmão está? - perguntou ela ao sorrir carinhosa para a senhora.

- O menino está lá dentro, quer que eu o chame?

Ela acabou balançando a cabeça e com um breve aceno disse que ia até lá ela mesma. Afinal eles tinham muito para conversar e em particular iriam ter mais privacidade. Não que a governanta fosse um incomodo ao escutar as conversas, o que não era o caso, mas porque era um gesto próprio deles.
Indo até ao corredor viu algumas portas entreabertas, olhou para dentro de todas elas e quando chegou na ultima respirou fundo antes de dar dois toques na porta.

- Posso? - pediu licença antes de entrar.

- Por favor! - Jasper respondeu sem olhar, os seus olhos estavam tão focadas nos novos critérios da fisica que lia no site do colégio onde lecionava.

A loira acabou sentando na barra da cama e permaneceu em silêncio até ele finalmente tirar os olhos do seu portátil e ficar abismado ao encontrar a irmã.

- Caroline?

Definitivamente não estava nada à espera de a ver tão cedo e mais ainda ali em seu quarto.

- Podemos falar?

- Claro, algum problema? - a expressão do loiro ficou preocupada quando rodou totalmente o corpo na cadeira.

- Sim, realmente antes que digas que me avisas-te quero dizer que tinhas razão e que devia ter dado mais ouvidos a quem realmente se importa comigo. - ele balançou a cabeça a ouvindo. - Damon realmente nunca foi um homem perfeito e na verdade eu imaginei que ele fosse mudar. Agora está claro que isso nunca vai acontecer e que ele nunca foi o homem certo para mim.

- Isso é tão claro como a agua. - comentou.

- Hoje fomos a um restaurante, só que no caminho fomos abordados por um rapaz jovem e gentil que só foi atencioso comigo. - explicou ela. - E Damon foi tão desagradável comigo que nem imaginas... acabei por sair sem comer nada, e antes disso contei que estava grávida e como podes calcular a reação ele foi desagradável.

- Eu mato ele! Como ousa e deixar-te assim nesse estado?

- Calma, mano! - implorou. - Por favor perdoas-me?

Jasper ficou a olhar para ela por um tempo, mas ao ver que o arrependimento havia sido grande em voltar com um homem que não a merecia, o fez repensar a sua postura e simplesmente levantou de onde estava para abraçar a irmã com total carinho e dizer com total animo que a perdoava as vezes necessárias porque ela era parte dele, amor e vida.

Esther até mesmo havia aparecido por ter ficado preocupada com a jovem e não ficou indiferente ao ver tanto afecto ali representado que logo uma lágrima emocionante rolou pelo rosto. Ambos deram conta da presença da governanta que não tardaram a pedir um abraço também ele todo grande.

- Vem cá Esther!


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